Mia Relógio - M&A: love

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FRIOZINHO NA BARRIGA

19 de junho de 2019



No outro dia alguém me dizia, meio em tom de gargalhada, que eu acreditava que era possível viver uma vida inteira a sentir frio na barriga ... uma vida inteira não sei, sei que todos nós temos dias bons e menos bons, e que a isso chamamos viver, mas gosto e preciso de acreditar, que podemos e devemos  sentir essa "coisa" especial que acaba por, tantas e tantas vezes me dar o gás e a força que preciso para seguir o meu caminho, por muito tempo.

Tudo o que é morno ou mais ou menos nunca fez muito sentido para mim. Em quase nada, nem a nível profissional e muito menos na minha vida pessoal. Quando algo deixa de nos acrescentar, de nos fazer sentir vivas, de nos provocar sorrisos tontos nos momentos mais inesperados, quando deixamos de ter aquele brilho no olhar ou de nos sentirmos especiais é sinal de que efectivamente algo está errado. E não, mão devemos culpar a rotina de tudo o que acaba por desaparecer. Ela é tramada, é um facto e olhem que sei bem do que falo, mas não é impossível dar-lhe a volta e ser superior a isso.

Sempre fui uma miúda romântica e quero muito acreditar que vou envelhecer dessa forma. Se é para dizer que gosto então eu vou dizê-lo todos os dias, várias vezes se for possível, se é para dar a mão e seguir pela rua com aquele ar de miúda tonta, então é assim mesmo que eu desço a rua! Se é para abraçar daquela forma que quase ficamos sem ar e que ao mesmo tempo nos fazem sentir em casa então é com essa força toda que vou querer dar o meu melhor abraço.

Vivemos vidas cheias de compromissos, andamos tontos de um lado para o outro, com tmv e todos os gadgets possíveis e imaginários na mão, não olhamos ninguém nos olhos, não escutamos as pessoas, vivemos numa espécie de bolha que não nos permite ver o essencial, o que é verdadeiramente importante. Quantos de nós "perde" cinco minutos do seu dia a dizer um "gosto de ti" ou "fazes-me falta"a alguém que nos é especial? As palavras têm um poder do caraças! Acreditem! A diferença que uma simples palavra ou gesto pode fazer no dia de alguém é absolutamente incrível. 

Se há algo que digo e repito as vezes que forem necessárias é que não concebo a minha vida sem amor. E quando falo em amor falo de vários tipos de amor, de várias formas de amar. Todas elas legitimas e importantes para que eu me possa sentir viva, feliz e completa.
A minha vida não é perfeita, muito longe disso, eu sou tudo menos perfeita, tenho muitos defeitos, alguns mais fáceis de assumir e outros que tento trabalhar para que não se destaquem tanto, mas conheço o meu coração. Sei que quando gosto, quando amo, vou atrás, faço o possivel e o impossível, não desisto nem à primeira nem à décima tentativa, não largo a mão. Não largo mesmo. Sinto que hoje em dia é tudo descartável, principalmente as pessoas, os sentirmentos, os corações. Que raio de mundo este onde se brinca tanta vez com aquilo que de mais bonito podemos ter e viver. Não me encaixo nesse mundo, não sei nem quero, aquilo que trago no peito é grande demais para alguém tentar diminuir ou desvalorizar. Mas gosto que lutem por mim. Gosto que me façam sentir verdadeiramente especial. Gosto que me valorizem. Gosto que me olhem com verdade, Que me amem de verdade. 

Portanto, sempre que tentarem dizer-me que não se pode levar sempre esta vida com friozinho na barriga eu vou fazer questão de mostrar exactamente o contrário. Que até nos dias menos bons, havendo amor, é possível termos motivo suficiente para nos sentirmos gratos pela vida, para sorrir, para acreditar que amanhã vai ser um dia melhor.

Aos 38 anos de idade continuo a adorar sonhar. Nem sei viver de outra forma. Se me sinto uma miúda à conta disso? Não sei, sinceramente não sei mas se for sinto zero vergonha em assumir isso. É assim que gosto de levar a vida, de olhar as pessoas, de trocar sorrisos, de dar a mão, de AMAR.










LOOK: Zara  | Óculos sol: Chlóe

Com amor, 
Mia 



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JUNHO

4 de junho de 2019
fotografia | Rui Valido

Maio já era e foi, muito provavelmente o mês em que vim aqui menos vezes escrever. Alguns de vós sentiu isso e até questionou, de forma muito simpática, essa ausência. Há alturas na nossa vida em que sentimos que não temos muito a acrescentar. Sentimos dúvidas, medos, tristeza, revolta e, quando estou assim, perdoem-me mas sinto que devo resguardar-me. Recuperar forças para voltar melhor. 
Ainda ontem aqui estive mais de duas horas sem ser capaz de escrever uma palavra de jeito. Não gosto de inventar motivo, de dizer coisas sem sentido. Escrevi, apaguei, voltei a escrever, voltei a apagar e percebi que não conseguia. Admitir as nossas fraquezas não é sinal de inferioridade. A muito custo e por experiência própria aprendi isto. 

Sinto-me cansada do que vejo à minha volta. De perceber e sentir que, por mais que me esforce e que tente fazer as coisas da forma correcta, simplesmente isso nunca é tido em conta para nada. 
Em tom de desabafo com um amiga, dizia-lhe eu que Maio tinha sido um mês muito mau, ao qual ela me tentou contestar dizendo que tinham aparecido duas coisas minhas, muito boas, em duas revistas importantes. Verdade. Não nego, não finjo que isso tenha sido importante e que me tenha feito feliz. Fez  muito e sinto orgulho de mim mesma, que é outra das coisas que fui aprendendo sozinha. 
Entrando no mês seis do ano, sinto-me já obrigada a fazer um balanço daquilo que têm sido os meus dias. Em muitos deles senti uma enorme vontade de voltar a mudar. Voltar a sentir alguma estabilidade. Custa-me, cada vez mais, viver inserida numa sociedade que cataloga tanto as pessoas, que as discrimina, que funciona por grupos, amizades e interesses. Perceber que, por melhor que possas ser ou fazer, nunca és suficientemente boa para entrar naquele mundo. Ou que o teu trabalho ou talento é medido, cada vez mais, pelo número de likes e de pessoas que te seguem. 
Se falas, é porque falas e devias ter ficado calada, se ficas calada é como se não existisses. Sinto-me constantemente uma peça de roupa que nunca fica perfeita naquele cabide. E viver assim custa muito, lidar e gerir a minha ansiedade diária vai-me destruindo aos poucos. 

Que mundo é este em que a palavra influencer ganha, cada vez mais, um significado tão tonto, tão vazio, tão sem conteúdo. Tanto se fala em ser real, em nos assumirmos do jeito que somos, mas a bom rigor é tudo bullshit porque, no final do dia, as pessoas querem mesmo consumir aquele conteúdo pré-fabricado, usado por um grupo de miúdas, todas elas com a mesma postura, o mesmo filtro e o mesmo discurso. 
Não me julguem, não quero parecer nenhum velho do Restelo, mas há alturas em que é impossível não nos sentirmos magoados com tanta falta de profissionalismo ou com tanta injustiça. Um dia somos as maiores para apoiar determinada pessoa, agência, marca, seja o que for ... no dia seguinte, passámos à história, ninguém mais lembra o  nosso nome. Será muito provavelmente a lei da vida e sou eu quem terá de se habituar ou adequar a esta realidade. 

Toda a minha vida está diferente, os meus olhos, o meu coração, o meu sentir.
Não consigo nem quero viver mais de coisas poucas. Pouco amor, pouco afecto, pouca atenção, pouco trabalho, pouco reconhecimento. 
Sinto que preciso de colo. De muito colo. 
Cabe-me a mim, obviamente, definir o meu rumo, o  meu caminho. Sinto medo do futuro mas sinto uma tristeza maior pelo presente que vivo. 
Olho à volta e sinto que a maioria dos meus amigos mais antigos nunca ou quase nunca me questiona nada, nunca partilha uma coisa a meu respeito, nunca me parabeniza por algo que eu tenha feito, por mais simples que seja. Gosto de continuar acreditar que devemos apoiar os nossos, sempre. E gosto de acreditar que , apesar da enorme correria que são os nossos dias, continua a haver tempo para amar.

A quem conseguiu ter paciência de ler até ao fim este desabafo o  meu enorme e sentido obrigada. 
Vocês são, muitas vezes, quem me dá conforto e acreditem que me sinto profundamente grata por isso.
Não sei o que aí vem, não sei mesmo. Tenho algumas ideias que gostava mito de concretizar e que também vão depender de vocês, de certa forma. O que vier que seja bom e que me faça feliz. No final do dia é isto que mais importa, eu só quero ser feliz e fazer feliz quem de mim gosta.

Até já, 
Com amor,
Mia 




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TODOS OS DIAS SÃO DIAS DA MÃE

6 de maio de 2019

O Dia da Mãe acontece todos os dias. Todos. Sem excepção. E todos os dias nós devíamos fazer sentir as nossas Mães especiais porque a verdade é que elas o são, desdobram-se em mil papéis, inventam horas nos dias de forma a que tudo fique feito, estão lá sempre para nos abraçar e raramente se queixam. Não sei o que é ser Mãe, infelizmente. Mas acredito que deva ser mágico. No entanto sei o que é ser filha, ser filha de uma Mãe que dedicou a sua vida às suas bebés, que tem feito tudo o que está ao seu alcance para as ver felizes. Uma Mãe que nunca nega colo, que nos diz o que tem de ser dito e que sente orgulho nas filhas que tem. Todas tão diferentes mas tão unidas ao mesmo tempo.

Digo vezes sem conta que a minha Mãe é, sem sombra de dúvida, a minha maior inspiração. A pessoa que mais força me dá, sempre. Todos os dias e mesmo quando menos esperamos, sinto que a nossa cumplicidade aumenta, como se bastasse uma troca de olhares para saber o que a outra está a pensar ou a sentir. 
Para mim não há colo mais perfeito do que o da minha Mãe, nele eu sinto paz, sinto serenidade. Sinto segurança. Como se nada de mal me pudesse acontecer quando estamos juntas.

Nestes últimos dois anos, após a vida nos ter passado uma enorme rasteira, olho para a  minha Mãe com uma admiração ainda maior. Como se ela me conseguisse surpreender todos os dias um pouco mais. A sua força, o seu empenho, a sua luta. É um orgulho enorme e uma enorme fonte de inspiração.

Quando decidi dedicar-me totalmente ao blog a minha Mãe foi uma das pessoas que mais força me deu, que me disse vezes sem conta para correr atrás dos meus sonhos. Sei que fica muito feliz pelas minhas conquistas, sei que gosta que eu vá partilhando aquilo que são os meus dias, sei que faz questão de acompanhar tudo por perto. Ter tempo para mim, para a nossa relação de Mãe e filha, que é tão importante alimentar!







A semana passada, a convite da Perfumaria Douglas, tivemos a oportunidade de estar juntas, num final de tarde muito agradável na Sedimento Ceramics Studio, num bonito momento de trabalho de equipa na decoração de algumas peças em cerâmica. E que bom foi poder ser testemunha da sua felicidade. Ficou a conhecer algumas pessoas importantes para mim e trocou sorrisos e abraços com todas. 
Falta-nos ver o resultado final do nosso trabalho mas acreditem que a dedicação que a minha Mãe coloca em tudo o que faz é admirável.






















Fotos: Tiago Caramujo

Resta-me agradecer à Douglas pelo convite e oportunidade de ter vivido com a minha Mãe um momento tão bonito que ambas iremos guardar nos nossos corações com imenso carinho!
Obrigada minha querida Mãe por seres a companhia perfeita!

Com amor,
Mia 

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O encontro com as minhas seguidoras

3 de abril de 2019

Em oito anos desta aventura que é ter um blog este era um dos meus sonhos mais desejados e que vi ser concretizado com uma alegria que se torna difícil de partilhar em palavras .
Durante estes anos tive a sorte de ir criando um grupo coeso de pessoas que me acompanham diariamente, que muitas vezes me fazem sorrir em dias menos bons e que têm sempre uma palavra bonita para mim. As redes sociais também podem ter coisas boas, acreditem. A prova disso foi este encontro. Sabem quando estão com pessoas que já sentem como amigas e que parecem conhecer de uma outra vida? Foi isso mesmo que eu e que estas mulheres maravilhosas sentimos no passado dia 21 de Março. Um dia que nunca irei esquecer. 

O encontro estava marcado para as 18horas, na Suite Presidencial do Hotel Corinthia, onde eu as esperava num ambiente muito reservado, como se da minha própria casa se tratasse. Molduras com as minhas pessoas especiais, o meu livro de cabeceira e até o cd da minha banda sonora favorita faziam parte da decoração. Quando a campainha começou a tocar foi um soltar de sorrisos e abraços sem fim. Sabem aquele abraço que nos consegue transmitir paz? Foi isso que recebi neste dia e que prometo não esquecer nunca.
Meia hora depois e, muitas gargalhadas dadas, já todas dizíamos que aquele grupo tinha sido escolhido a dedo. A verdade é que todas nós já nos parecíamos conhecer de uma outra vida. A química e a energia foram tão imediatas que era impossível não nos sentirmos felizes. 

Entre o champanhe e o maravilhoso lanche que nos foi servido, fomos aos poucos sabendo um pouco mais da vida de cada uma. Nós mulheres temos esta coisa incrível que é ter sempre um tema de conversa, de partilha. Quando começamos a falar ninguém nos cala. 
A verdade é que terminamos este encontro a trocar números de Tmv e hoje falamos todos dias num grupo espectacular de WhatsApp, partilhando um pouco aquilo que são os nossos dias e dando apoio, umas as outras, quando os dias nos correm menos bem.

Caramba, este encontro é das coisas que mais me orgulho de ter feito. Hoje sou muito mais feliz porque as tenho comigo. De verdade. Sempre que me perguntam o melhor que este blog me trouxe eu dou sempre a mesma resposta: as pessoas. Sempre as pessoas. 

A todas vocês que me abraçaram de uma forma tão especial neste dia o meu enorme e profundo obrigada! Sou-vos profundamente grata por tudo aquilo que me fazem sentir, acreditem. A vida vale por isto, pelo amor que damos e recebemos, de uma forma tão simples e genuína.

O maravilhoso registo fotográfico que partilho hoje reflecte bem a alegria que todas nós vivemos neste dia. 
Que mais dias destes venham e que possamos continuar a partilhar as coisas boas da vida!

Um agradecimento muito especial ao Hotel Corinthia por me ter ajudado a realizar este sonho e por nos receber de uma forma tão bonita e tão especial.


































































































































AGRADECIMENTOS:

Com amor,
Mia 





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