Começa hoje toda uma nova semana, em casa.
Continuamos com o teletrabalho, a tele-escola, o trabalho doméstico (que parece nunca ter fim), toda um série de rotinas que se processam em modo repeat, vezes sem conta.
De uma forma sincera, gostava de vos dizer que sinto-me finalmente um pouco mais equilibrada. Continuo a ter os meus momentos, continuo a precisar de chorar, nem que seja quando me enfio no duche. Continuo a dormir mal, muito mal. Mas já aceito tudo isto sem culpa. Sem pressão. Somos todos diferentes mas estamos todos a viver esta realidade. Cada um à sua maneira, acredito que todos fazemos o melhor que sabemos e conseguimos. Como em qualquer realidade, por mais normal que possa parecer, existem dias bons e dias menos bons.
Quando tudo isto começou tive muita dificuldade em aceitar, sentia uma revolta enorme. Não queria nem conseguia ouvir nada de ninguém. Quis estar sozinha. Quis chorar de manhã à noite. Quis berrar. Quis meter-me no carro e fugir. Simplesmente desaparecer.
Sempre que entrava nas redes sociais sentia-me ainda pior. Comparava-me com tudo. Sentia culpa por não estar a produzir. Sentia-me inferior. Sentia-me feia.
Precisei mesmo de fazer uma série de unfollows de algumas contas que me faziam sentir mal comigo mesma.
Hoje já percebi que não há mal nenhum em não ter a mesma energia, criatividade e inspiração que os outros parecem ter. Cada um de nós tem o seu próprio tempo. Devemos aceitar e respeitar isso, sem criticas, sem sentimentos de culpa, sem comparação.
Tenho tido dias melhores, mais calmos, em que sinto que ganhei algum controlo sobre a minha ansiedade. Voltei a sentir vontade e inspiração para vos escrever, mesmo que leve o dobro do tempo a fazê-lo.
Tento praticar todos os dias o meu exercício de gratidão pelo tanto que tenho.
Ainda não me aventurei a fazer pão, bolos, a dar uma volta gigante aos armários ou a treinar todos os dias e sabem o que mais? Está tudo bem, está mesmo. Cada um de nós leva o tempo que precisa de levar. Não tentem apressar aquilo que fica difícil de controlar. Afinal isto é uma pandemia e não um concurso de criatividade.
A verdade é que este isolamento também me trouxe coisas boas, a nível pessoal sinto que a minha relação em família ganhou uma importância ainda maior, sinto-a ainda mais sólida e forte, como se nada nos conseguisse afectar ou derrubar. Um amor constrói-se todos os dias um bocadinho mais, com dedicação, empenho, palavras, gestos, abraços. Um amor verbaliza-se nas coisas mais simples e mais bonitas do nosso quotidiano. Sei a sorte que tenho, sei mesmo e espero nunca esquecer.
Como vos escrevi ontem, já não falta tudo.
A vida pede de nós coragem e, por mais difícil que possa parecer, é preciso acreditar que há luz ao fundo deste túnel e que daqui a muito pouco estaremos todos a abraçar os nossos, aqueles que mais amamos e que fazem toda a diferença na nossa vida.
Até lá vivam um dia de cada vez.
Sem pressōes, sem medos, sem comparaçōes.
Vivam da melhor forma que sejam capazes.
Hoje já percebi que não há mal nenhum em não ter a mesma energia, criatividade e inspiração que os outros parecem ter. Cada um de nós tem o seu próprio tempo. Devemos aceitar e respeitar isso, sem criticas, sem sentimentos de culpa, sem comparação.
Tenho tido dias melhores, mais calmos, em que sinto que ganhei algum controlo sobre a minha ansiedade. Voltei a sentir vontade e inspiração para vos escrever, mesmo que leve o dobro do tempo a fazê-lo.
Tento praticar todos os dias o meu exercício de gratidão pelo tanto que tenho.
Ainda não me aventurei a fazer pão, bolos, a dar uma volta gigante aos armários ou a treinar todos os dias e sabem o que mais? Está tudo bem, está mesmo. Cada um de nós leva o tempo que precisa de levar. Não tentem apressar aquilo que fica difícil de controlar. Afinal isto é uma pandemia e não um concurso de criatividade.
A verdade é que este isolamento também me trouxe coisas boas, a nível pessoal sinto que a minha relação em família ganhou uma importância ainda maior, sinto-a ainda mais sólida e forte, como se nada nos conseguisse afectar ou derrubar. Um amor constrói-se todos os dias um bocadinho mais, com dedicação, empenho, palavras, gestos, abraços. Um amor verbaliza-se nas coisas mais simples e mais bonitas do nosso quotidiano. Sei a sorte que tenho, sei mesmo e espero nunca esquecer.
Como vos escrevi ontem, já não falta tudo.
A vida pede de nós coragem e, por mais difícil que possa parecer, é preciso acreditar que há luz ao fundo deste túnel e que daqui a muito pouco estaremos todos a abraçar os nossos, aqueles que mais amamos e que fazem toda a diferença na nossa vida.
Até lá vivam um dia de cada vez.
Sem pressōes, sem medos, sem comparaçōes.
Vivam da melhor forma que sejam capazes.
Fotografias: Diogo Beja
Com amor,
Mia
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