A tradição ainda é o que era, aconteceu no dia 1 de Dezembro, mesmo que já tenha terminado depois da meia-noite. Coloquei uma banda sonora adequada e fui abrindo as caixas, uma a uma. Na verdade a árvore está praticamente igual ao ano passado, apenas retirei um ou outro acessório.
Com algumas mudanças que a vida foi tendo no decorrer deste ano, confesso que tive muito pouca vontade de "enfeitar"a minha casa, mas são nestas voltas que a vida dá que nos devemos agarrar aos nossos e, depois de tanto ouvir a minha Mãe e algumas amigas, achei mesmo que devia fazer. E ainda bem que soube ouvir o conselho dos que me querem bem porque esta árvore, a mesma do ano passado, acabou por trazer luz e vida à minha casa.
O Natal, e toda esta época de festa, acaba por ser sempre uma altura em que sinto um misto de sentimentos complicados de gerir e explicar. Tudo me faz lembrar o meu Pai, tudo me faz sentir uma enorme saudade, uma vontade muito grande de que fosse possível voltar atrás no tempo. Fica sempre uma sensação de vazio que não há forma de preencher. Mas a verdade é que eu sempre adorei o Natal e todos os clichés que lhe estejam relacionados. O poder estar em família, à mesa, sem pressas, sem horários, aproveitando todos os momentos, todos os abraços, todos os afectos, todo o amor.
Que nesta altura de tanta correria e agitação, onde sinto que cada vez mais os valores se encontram perdidos ou trocados, possamos ter a consciência do que realmente importa: o amor que damos e o amor que recebemos. Por que no final do dia, só isso importa.
Com amor,
Mia
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